quinta-feira, 2 de julho de 2009

Minhocas: Uma bela ajuda !

O estudo que está a ser feito aponta para uma solução inovadora, através da reciclagem com minhocas (vermicompostagem) que, segundo estas organizações, “comem tudo o que é orgânico”, aumentando a reciclagem e desviando do aterro 80 por cento dos resíduos.
“Se os municípios apostarem nessa fusão vão contribuir essencialmente para a queima de resíduos e para a colocação de resíduos em aterro”, disse em conferência de imprensa Rui Berkemeier, dirigente da Quercus. Segundo o ambientalista, a proposta da Empresa-Geral de Fomento (EGF), que aposta na incineração e produção de energia a partir dos resíduos, prevê “metas fraquíssimas em termos ambientais” e que estão “muito aquém do que prevê a União Europeia”. No essencial, a fusão não iria resolver “o problema da matéria orgânica que continuaria a ir para aterro” tal como os maus cheiros.
Quercus e MPI alertaram que as câmaras poderão estar a tomar uma decisão sem garantias de que a Valorsul venha a ter espaço para receber os resíduos desta região, quando decorrem “negociações em paralelo” com a Tratolixo (Mafra, Cascais, Oeiras e Sintra) para enviar 100 mil toneladas por ano. Face a este aumento, a opção poderá passar pela construção de uma nova linha de incineração que, além de estar a funcionar só daqui a dois anos, não seria comparticipada pela União Europeia. Por isso, os ambientalistas temem que a tarifa proposta à AMO (21,1 €/tonelada em 2002 e 29,4 € em 2025) possa vir aumentar.
A solução por vermicompostagem em unidades descentralizadas a criar é segundo os ambientalistas mais barata (20 €/tonelada), pode receber apoio comunitário até 60 por cento, torna-se rápida de implementar já que não necessita de estudo de impacte ambiental, aumenta o tempo de vida do aterro e reduz os custos ambientais e económicos do transporte dos resíduos.
A AMO deverá decidir até ao final deste mês se dá luz verde à proposta de fusão entre a Resioeste e a Valorsul, que se mantém bem posicionada entre as opções dos autarcas. Só a câmara de Torres Vedras reduziria a despesa em 13 mil euros, de um total de 70 mil.
José Manuel Custódio, vogal da administração da AMO, considera que a vermicompostagem “não resolve a curto prazo os problemas” do ASO, pelo tempo em que as minhocas demorariam a desfazer os resíduos. Poderá antes ser adaptada como “complemento”, a par da recolha seletiva e da compostagem. Segundo o autarca, a Valorsul garantiu à AMO que “há folga” para receber os resíduos do Oeste e ainda pode reduzir para 17€ a tarifa a cobrar.

Fonte: http://www.frenteoeste.com/modules.php?name=News&file=article&sid=4131

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